FORA DO EIXO – Por José Nilson

José Nilson é Servidor Público Municipal e cristão
José Nilson é Servidor Público Municipal e cristão

Sob a proteção de Jesus que anunciou a cultura da não violência, venho perguntar: Porque propagamos tanto o mal? Diariamente, seja através das redes sociais ou de comentários, divulgamos danos ocorridos com alguém. As redes de tv alcançam uma audiência grandiosa nos horários das novelas e filmes que apresentam cenas de violência, homicídios e agressões diversas, roubos, seqüestros, brigas e tantas outras notícias ruins. Estudos afirmam que o gosto pela violência é uma patologia mental; um desvio das funções normais de um ser. Percebe-se que todos nós temos um nível desse desvio.
O instinto da violência está presente em todo ser humano, é uma fera acuada que está dentro de nós. É bom lembrar que quem não combate a violência seja por medo ou omissão se torna cúmplice dela. Tem alguém preocupado com isso? Se Jesus propôs a cultura da não violência, nós de maneira adversa, como adversários de Jesus, alimentamos uma cultura a favor da violência. Formamos um grupo de pessoas que não reconhece como violência, atos e ou situações que geram constrangimentos em outros. Assim, entendemos como legítimas, normais e justificáveis as palavras e ações violentas.
O Brasil ocupa a 16ª posição no ranking mundial da violência, só homicídios são mais de 50.000 (cinqüenta mil por ano). É proibido tocar no assunto, más em si tratando de um país onde 90% da população se intitula cristã, essa violência toda esta acontecendo no meio dos cristãos. Essa situação mostra uma realidade que ninguém quer ver, é muito forte em nosso meio o Jesuitismo, encantamento/ admiração pela pessoa de Jesus e a todo tipo de objeto referente a ele, mas não acontece a mesma coisa em relação às sua ações. Enquanto isso há cristãos violentos dentro de casa, no trânsito, na comunidade, na escola, no trabalho, na politica.
Frenquentar templo é para melhorar minha relação com o outro, caso contrário é só devocionismo. Não por acaso Madre Tereza de Calcutá disse: As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam. Aliás, só para contrariar, as escolas de samba lavaram a nossa cara, denunciando aquilo que era para os ditos cristãos denunciarem. Segundo os marqueteiros religiosos para cada coisa tem seus responsáveis legais, que devem tomar as providências necessárias, nos cabe esperar. Jesus porém, em Mateus 23, 1-12, combateu a religião de muita aparência e pouca vivência.
– Por uma sociedade sem males –

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