QUANDO MORRER É UM GANHO – Por José Nilson

José Nilson é Servidor Público Municipal e cristão
José Nilson é Servidor Público Municipal e cristão

Em relação à vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, covardemente executados no Rio de Janeiro, no dia 14 de março de 2018, alguém comentou que muitas pessoas são executadas toda hora e não acontece essa repercussão toda. Eu disse que esses muitos que morrem são vitimas de assaltos, violências domésticas, brigas e motivos fúteis.
No caso de Marielle é muito diferente. Ela defendia uma causa. Tanto que um grupo de relatores de direitos humanos das Nações Unidas, no dia 26 de Março de 2018, classificou de “muito alarmante” o assassinato da vereadora. Em comunicado, os relatores independentes também disseram que essa morte teve o objetivo de intimidar homens e mulheres que lutam pelos direitos humanos no Brasil. “Sua morte é alarmante já que claramente visa intimidar todos aqueles que lutam pelos direitos humanos e pelo Estado de Direito no Brasil”, dizeram os especialistas. “Pedimos às autoridades brasileiras que usem esse momento trágico para rever completamente suas escolhas na promoção da segurança pública e, particularmente, para intensificar substancialmente a proteção dos defensores dos direitos humanos”, acrescentam.
O comunicado destacou que a ativista era “mulher e negra e uma preeminente defensora de direitos humanos” e que foi assassinada precisamente quando voltava de um evento intitulado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”. O texto lembra que Marielle era membro da comissão que iria verificar a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro, e que poucos dias antes de sua morte, a vereadora fez denúncias sobre o abuso policial em Acari. “Ela era uma notável defensora dos direitos humanos. Ela defendia os direitos de afrodescendentes, LGBTI, mulheres e jovens que moram nas favelas mais pobres do Rio.
Ela será lembrada como um símbolo da resistência de comunidades historicamente marginalizadas no Brasil”, afirmam. Enquanto isso só aumenta o argumento dos covardes para não assumirem luta alguma, a não ser em causa própria. Não sabendo eles que o Espírito de Jesus está presente é nessas pessoas que doam suas vidas para defender outras vidas, assim como ele fez. Porém preferimos virar as costas para essa realidade e continuamos como diz o hino: Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos. Hoje a maioria da humanidade vive crucificada pela miséria, pela fome, pela escassez de água potável e pelo desemprego. Crucificada está a natureza devastada pela cobiça industrialista que se recusa a aceitar limites.

– Por uma sociedade sem males –

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