DESMATAMENTO… ”UM DESAFIO A SER ENCARADO” – Por Valter Andrade

Valter Ferreira de Andrade – Técnico em Saneamento Ambiental / Servidor da FUNASA

É alarmante a situação do nosso país em vários seguimentos como saúde, educação, economia, infraestrutura, não sendo nada diferente na questão ambiental, na verdade percebemos que parece cultural, pois quando uma área não vai bem as demais tendem seguir em cadeia o circuito da degradação.
As redes sociais mostram constantemente as ondas de desmatamentos pelo país afora e podemos citar nossa região como exemplo negativo, pois o que se vê em grande escala são áreas sendo degradadas pela ação humana em busca de um ilusório e falso desenvolvimento. A prova cabal e o resultado das práticas irregulares na natureza podemos constatar através da visível diminuição e extinção de cursos de água em várias localidades do nosso país.
Só é possível entender o tamanho do desafio quando vemos o nosso país, com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados ocupando o segundo lugar com a maior cobertura vegetal do mundo, perdendo diariamente grandes áreas pelo desmatamento desenfreado.
Quando se fala da necessidade de combater o desmatamento, vem à tona questionamentos diversos sobre a importância dessa prática criminosa em favor do desenvolvimento rural. O que se vê é a lei sendo burlada e os órgãos competentes inertes, apenas vendo espécies da fauna e da flora desaparecendo como num passe de mágica.
Outro fato importante a destacar é sobre a Amazônia, que teve 40% de área desmatada nos últimos 12 meses. O governo brasileiro não tem argumentos e muito menos como se justificar diante de seus patrocinadores, haja visto que contou nos últimos dez anos com recursos na ordem de 3 bilhões e 124 milhões de reais especificamente para implantação de projetos visando a preservação da Amazônia, através dos governos da Noruega, Alemanha e mais a Petrobrás.
Entendemos que a questão para preservação ambiental não está associada apenas a falta de recursos, como é o normal de se ouvir da maioria dos gestores e sim a falta de uma gestão séria e compromissada com o meio ambiente.

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