TUDO É RELATIVO – Por José Nilson*

Disse Jesus: “Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e em verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito, e os seus adoradores devem adora-lo em espírito e em verdade.” Para nós que fugimos de Deus o tempo todo, de repente ficamos sozinhos e dependentes dele. Eu, comigo mesmo, no silêncio do meu eu. Logo eu que sem barulho não vivo. Agora acabou o barulho, o encontro é sem platéia, sem solenidade, sem show, sem aplausos, sem sugestões, sem intermediários, sem motivações exteriores.
Serve para lembrar que a religião deveria ser espiritual, as cerimônias, as manifestações corporais deveriam ser para desenvolver a adoração em espírito, aliás esse é o fundamento da religião, más desviou do caminho e se tornou uma potência capitalista. Símbolos foram criados, revestidos de poder e se tornaram imprescindíveis para alcançar a salvação e para adquiri -los somente submetendo -se ao controle.
A frequência ao agrupamento tornou-se uma dependência psíquica, agora esse sistema está fazendo muito mal à milhões de pessoas, quê não conseguem relacionar com Deus por si só. Perdemos a capacidade de decidir, de evoluir; toda vontade, alto determinação é pecado, é rebelião, desobediência ao líder. Quanto mais religioso, menos contato com Deus, menos responsabilidade consigo e com os outros.
Toda capacidade de decisão foi transferida para o líder do agrupamento. Agora estamos diante de uma ameaça real, um vírus quê coloca todos em perigo, temos que nos afastar uns dos outros, nos isolar do convívio social, buscar um bem -estar espiritual, sozinho ou em família, sem o aparato do agrupamento, o que para muitos se tornou impossível, se sente incapaz , sente um vazio existencial e se desespera. Alguém mim disse que não é hora de brincadeira e que está sofrendo muito por não poder ir à “igreja”, pois cresceu com esse costume.
Ouvir esse tipo de comentário não é novidade para mim. Logo entendo porquê não entendemos nada de Deus, o ir ao agrupamento se tornou mero costume. Ficaremos em casa, isolados por um tempo indeterminado, logo nós, que não sabemos esperar, não suportamos o silêncio, não temos paciência para nada, não temos hábitos de higiene, sobrevivemos em meio à bactérias e vírus, vai ser difícil, más, como o medo de morrer é grande, a gente faz um sacrifício. – Por uma sociedade sem males –

  • José Nilson é Sacerdote, Profeta e Rei

**o texto é de inteira responsabilidade do seu autor e não representa necessariamente a opinião do site

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