DIGA SIM AO FLUOR NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Drª. Layanne Vieira S. Cunha - Cirurgiã dentista
Drª. Layanne Vieira S. Cunha – Cirurgiã dentista

Embora os cuidados com a dentição da criança devam começar já na fase da gestação, uma dúvida muito comum entre os pais diz respeito à aplicação de flúor nos dentes dos seus filhos.
Para esclarecer essa questão, é preciso compreender que os dentes tornam-se vulneráveis à ação da placa bacteriana assim que nascem. Portanto, a primeira utilização de flúor por crianças deve ocorrer logo após o nascimento dos seus primeiros dentinhos de leite, fase esta em que deve ser iniciada a higiene oral do bebê.
O flúor presente na saliva (após o uso de produtos fluoretados, como pasta de dente e bochechos) se concentra nos dentes em formação, ajudando a combater os microrganismos produtores de cárie e a fortalecer o esmalte da superfície, favorecendo a formação de cálcio e potássio. No caso das crianças, tal ação inclui tanto a proteção aos dentes de leite quanto aos dentes permanentes que ainda estão por nascer. No entanto, esse elemento deve ser ingerido/utilizado na dosagem correta para as necessidades infantis, a fim de evitar os efeitos colaterais decorrentes do seu excesso (a chamada fluorose).
No Brasil, a fluoretação (a associação de flúor ao tratamento de águas de abastecimento público) passou a ser lei federal em 1974*e na ingestão sistêmica (por parte do organismo como um todo), além do aumento transitório da concentração de flúor salivar, o flúor ingerido é absorvido e, do sangue, retorna à cavidade bucal pela secreção da própria saliva. Válido somente para quem utiliza água do sistema de abastecimento público.
Uma das principais recomendações em relação ao flúor aplicado a crianças é que ele não seja engolido – daí a importância de ensiná-las a cuspirem desde cedo, ainda que a ingestão ocasional não desencadeie consequências sérias. A concentração de flúor no creme dental deve ser de 1.100 PPM (partes por milhão), e a ação de colocá-lo na escova da criança é de responsabilidade dos pais. De acordo com a ABO, bebês devem receber uma quantidade de pasta equivalente a 0,05 g (corresponde à metade de um grão de arroz cru), crianças que não sabem cuspir devem receber 0,1 g (1 grão de arroz) e aquelas que já aprenderam a cuspir devem receber 0,3 g (1 grão de ervilha). Assim com estas orientações os papais e mamães garantem um sorriso saudável sem preocupações.

Fonte <http://www.luposeli.com.br/blog/quando-fazer-primeira-aplicacao-de-fluor-em-criancas/>

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