CORONAVÍRUS – COVID-19 – Por Dr. Luis Eduardo G. Ribeiro*

Um novo Coronavírus chinês, primo do vírus da SARS, infectou centenas de pessoas desde o início do surto em Wuhan, na China, em dezembro. Sua disseminação ocorreu rapidamente, em larga escala, se tornando uma Pandemia, ou seja, atingindo vários outros países e continentes. O cientista Leo Poon, virologista da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong, que primeiro decodificou o vírus, acredita que esse teve origem em um animal e se espalhou para os seres humanos. O que sabemos é que causa pneumonia e, em seguida, não responde ao tratamento com antibióticos. Os especialistas enfatizam que isso mudará à medida que o surto se desenvolver.
O QUE É O CORONAVÍRUS: O Coronavírus é um grupo de vírus comum entre os animais. Em casos raros, ele é o que os cientistas chamam de zoonótico, o que significa que pode ser transmitido de animais para seres humanos.
SINTOMAS: O vírus pode deixar as pessoas doentes, geralmente com uma doença do trato respiratório superior de leve a moderada, semelhante a um resfriado comum. Os sintomas do Coronavírus incluem coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e talvez febre, que pode durar alguns dias.
Para aqueles com um sistema imunológico enfraquecido, idosos e muito jovens, há uma chance do vírus causar uma doença do trato respiratório mais baixa e muito mais grave, como uma pneumonia ou bronquite, insuficiência respiratória aguda, que podem levar até a morte.
TRANSMISSÃO: Acontece quando alguém entra em contato com as secreções de uma pessoa infectada, como gotículas na tosse. Dependendo da virulência do vírus, tosse, espirro ou aperto de mão podem causar exposição. O vírus também pode ser transmitido ao tocar em algo que uma pessoa infectada tocou e depois em sua boca, nariz ou olhos. Às vezes, os profissionais da saúde podem ser expostos manipulando os resíduos de um paciente.
TRATAMENTO DO CORONAVÍRUS: Não há tratamento específico, mas a pesquisa está em andamento. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem por conta própria e os especialistas aconselham a procurar atendimento precocemente. Se os sintomas forem piores que um resfriado comum, consulte seu médico, qual lhe prescreverá medicamentos sintomáticos.
CORONAVÍRUS E GRAVIDEZ: O artigo mais recente, publicado na revista “Frontiers in Pediatrics”, demonstrou que 4 pacientes gestantes que estava infectadas pelo vírus, não houve transmissão para os bebês. Porém ainda é muito precoce afirmar a não transmissão materno-fetal, sendo necessário maior investigação.
GRUPO DE RISCO: As pessoas que tem mais chance de desenvolverem as complicações mais graves da doença, elevando a taxa de letalidade são: Os idosos (acima de 60 anos), portadores de doenças respiratórias (asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, tuberculose), os doentes crônicos (hipertensão arterial crônica, insuficiência cardíaca congestiva e diabetes) e os imunossuprimidos (pacientes em tratamento de câncer, portadores, de doenças autoimunes como de lúpus, os transplantados em uso de imunossupressores, e portadores do vírus HIV que não estão com controle da carga viral).
PREVINA-SE, lave constantemente as mãos com água e sabão e use sempre o álcool gel, assim como seu celular; não tocar o rosto e olhos; evite contatos como abraço e aperto de mãos; evite aglomerações; cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; mantenha os ambientes abertos e bem ventilados; não compartilhe objetos pessoais; ao chegar em casa deixe seus sapatos do lado de fora, tire suas roupas e coloque no cesto, e tome um banho.
Não faça o vírus circular, proteja quem você ama, fique em casa!
Unidos e com consciência, venceremos esta batalha!

*Médico Generalista- Ginecologia e Obstetrícia

**o texto é de inteira responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do site

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