JOGANDO AO VENTO – Por José Nilson*

Porque não vivemos Deus, porque não vivemos Jesus? Se falamos seu nome todos os dias? Se nós o celebramos, se nós o cultuamos? Porque não misturamos a fé na existência, na vida? O que nos impede de viver a Lei de Deus? O amor, o perdão, a justiça? Porque gostamos de discursos requentados e inofensivos? Discursos equivocados?
Lendo o livro do Profeta Sofonias, que fala da volta dos judeus do exílio na Babilônia, iniciaram a reconstrução de Jerusalém. O autor sente que os pecados foram perdoados, por que depois de tanto sofrimento, os acontecimentos estavam sendo favoráveis. Sinal que um novo tempo está iniciando. Ao estudar este livro, aprendi que não tenho que ser cumplice, nem sócio, nem comungar com erros e insanidades existentes no meio em que vivo. Que não posso perder o juízo, a capacidade de discernir entre o que é errado e o que é certo. Se não tem a ver com Deus, não tem a ver comigo, estou fora!
Tanto que todos os profetas, inclusive Jesus, denunciaram as iniquidades dos líderes políticos e religiosos, confessaram publicamente os pecados, maldades e crimes, alguns perguntam: Porque essa preocupação com os líderes? Porque o líder influencia, desenvolve ação psicológica, o líder tem vez, tem voz, tem voto, forma opinião, induz as pessoas a serem e a fazerem exatamente o que ele quer, faz o bem tanto quanto faz o mal. Os líderes religiosos na maioria das vezes tiram a sinceridade das pessoas, primeiro porque não praticam o que celebram, segundo porque relativizam a Palavra de Deus, tiram-na do contexto, não a anunciam como ela verdadeiramente é, não assumem Deus como algo absoluto em suas vidas.
Os líderes religiosos valorizam, convencem e estimulam os ditos fiéis a valorizarem as virtudes públicas, o que é perceptível, caso contrário não tem valor. Pois as virtudes públicas são usadas pela religião para lançar suas estratégias aplicar seu marketing e vender seus produtos que elevam o controle moral e espiritual. Isso tira a sinceridade das pessoas e as tornam ambíguas, cínicas e dissimuladas em seus comportamentos. No meio religioso, tudo que é essência, é desprezado.
Normalmente as religiões elevam pessoas, objetos à condição de impecável, superior, perfeito, imaculado, para que possamos cometer nossos adultérios e prostituições e depois usar desse ser ou objeto, desse poder imaginário, para justificar nossos desequilíbrios e relaxar nossa consciência. Em relação à política, quem está na liderança normalmente muda muito, pois se sente grande, mais forte, acima da Lei, e não tem nenhum pudor de usar de todos os instrumentos, legais ou não, para fortalecer a si e seus aliados militantes, perseguir, coagir e aniquilar toda pessoa que venha ser considera uma ameaçada ao seu projeto de poder. Nesse mundo caído, pobre de quem não tem diploma, pobre de quem não se vende, pobre de quem é justo.

– Por uma sociedade sem males –

  • José Nilson se declara, Sacerdote, profeta e rei.
  • * Os texto é de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal
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