Da série: transtorno de aprendizagem. Quantos são? – Por Renata Lopes*

O DSM-V classifica essas condições em três categorias: transtorno com prejuízo na leitura, transtorno com prejuízo na matemática e transtorno com prejuízo na escrita. No entanto, falaremos além dessas três condições, de mais um distúrbio que pode afetar gravemente a capacidade de aprender das crianças, somando quatro condições.
Na primeira condição, o transtorno com prejuízo na leitura, também conhecido como, dislexia, caracteriza-se, por um padrão de dificuldades no reconhecimento preciso ou fluente ao decodificar as palavras, na ortografia e ou leitura.
Geralmente, é diagnosticada na infância, durante o período de alfabetização, embora também possa ser diagnosticado em adultos. Este distúrbio possui 3 graus: leve, moderado e grave, o que interfere no aprendizado das palavras e da leitura. A criança disléxica se atrapalha com as palavras, troca letras de lugar, se confunde com os sons e não consegue reproduzir o que escuta na escrita, lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, dificuldade de soletrar e troca de letras com sons ou grafias parecidas são alguns sinais dessa condição. Pessoas disléxicas demoram ou possuem problemas para reter informações e compreender conceitos considerados simples.
A falta de atenção também é muito presente na dislexia. Os tipos mais comuns de dislexia são: Dislexia visual: dificuldades em diferenciar os lados direito e esquerdo, erros na leitura devido à má visualização das palavras Dislexia auditiva: ocorre devido a carência de percepção dos sons, o que também acarreta dificuldades com a fala Dislexia mista: é a união de dois ou mais tipos de dislexia. Com isso, o portador poderá ter, por exemplo, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo. Embora esse transtorno seja diagnosticado em fase escolar, (alfabetização) ou vida adulta, é possível observarmos alguns sintomas na primeira Infância, como: dispersão, falta de atenção, atraso da fala e linguagem, dificuldade em aprender rimas e canções, atraso na coordenação motora, falta de interesse por livros. Já na fase escolar( a partir dos sete anos de idade), os sintomas evoluem e se mantem, dando a possibilidade de fechar ou não o diagnóstico. Quando o diagnóstico e intervenção não acontecem, a vida adulta pode ser comprometida significativamente.
Por se tratar de um distúrbio genético, não há como prevenir a dislexia. A detecção e intervenção precoce são os subsídios para garantir à criança um desenvolvimento funcional e qualidade de vida. O diagnóstico deste transtorno não é genérico ou simples, os sintomas obedecem critérios diagnósticos, passíveis de observação em diversos contextos e podem ser confundidos com inúmeras outras situações, por isso é feito por profissionais.
Pais preocupados, professores observadores e adultos desconfiados de sua capacidade de aprendizagem devem recorrer aos profissionais indicados para esse estudo clínico, psicólogos e psicopedagogos, agente uma avaliação através do telefone e também whatsapp (33) 98465- 3359.

  • Neuropsicopedagoga clínica e institucional
  • CBO 2394-40/45
  • O artigo é de inteira responsabilidade da autora
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