LIXO, O QUE ESTÁ RUIM PODE PIORAR – Por Valter Andrade
A questão envolvendo os resíduos sólidos no Brasil é a muitos anos alarmante e pela falta de uma política séria, a luz no fundo do túnel cada vez reluz menos. São toneladas de lixos coletadas diariamente e destinadas sem nenhum critério e pelo que se percebe um final feliz para essa triste realidade está a perder de vista.
Dos 5.570 municípios brasileiros, 3.400 o que representa 60% dos municípios coletam seus resíduos e destinam aos lixões a céu aberto, poluindo acentuadamente o solo, o ar e os recursos hídricos, causando com isso sérios danos ambientais e piorando dessa forma a qualidade de vida da população.
Há um ditado que diz “desgraça pouca é bobagem.” Nesse contexto entra o STF – Superior Tribunal Federal e toma a insana decisão de tornar ilegal os aterros sanitários em áreas de preservação permanente. Com essa decisão o que está ruim pode piorar ainda mais, pois veja bem, só no estado de São Paulo 80% dos 369 aterros sanitários estão localizados dentro de APPs, sem contar outras capitais e cidades de menor porte no país que se encontram na mesma situação.
Evidente que todo o cuidado e esforço no sentido de proteger as áreas de preservação permanentes devem ser tomados, porém as unidades de tratamento de lixo em atividades passam por vistorias e com certeza não seriam construídos sem as respectivas licenças ambientais.
O bom senso diz que um bom planejamento é o melhor remédio para certas situações. O que não pode é permitir a construção de centenas de aterros sanitários pelo país afora atendendo uma Lei e de repente vem uma decisão proibindo esses empreendimentos que funcionam a anos alegando estarem instalados em área imprópria para tal finalidade.
O meio ambiente merece respeito, a população também, afinal de contas foram bilhões investidos em unidades de tratamento visando a destinação adequada de milhões de toneladas de resíduos atendendo uma legislação. Piorar o que está ruim é irresponsabilidade.
Materia importante
Muita falta de consciencia e responsabile com o meio ambiente. Parabéns Valter Andrade
Boa matéria