ALIMENTAÇÃO NA GRAVIDEZ – Por Dr. Luis Eduardo*

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por constantes mudanças, incluindo o aumento do volume sanguíneo, da função cardíaca e renal e a redução do movimento gastrointestinal. Para bem se adaptar a essas mudanças no organismo é preciso atenção redobrada com a alimentação, no período que vai da preconcepção à lactação, lembrando que quadros de desnutrição, sobrepeso ou obesidade necessitam de mais cuidados.
As consequências da má nutrição durante a gestação podem acompanhar o bebê e a mãe por anos, assim como uma alimentação adequada trará benefícios para a vida toda. Quando a criança nasce pequena para a sua idade gestacional, ela pode vir a apresentar doenças crônicas como hipertensão, obesidade, distúrbios de aprendizagem, problemas comportamentais e doenças cardiovasculares. A obesidade, o consumo de bebidas alcoólicas, o estresse oxidativo, a deficiência de determinados nutrientes – como as vitaminas B12, D, A, K, o ácido fólico e alguns minerais como o cobre, ferro e o zinco – também são fatores de risco para a gestação.
Os hábitos alimentares recomendados sãs: realizar no mínimo cinco refeições ao dia; comer de três em três horas; reduzir líquidos durante as refeições; evitar deitar-se após as refeições; dar preferência ao consumo de cereais integrais; montar um prato colorido; consumir verduras verde-escuras e outros alimentos ricos em ferro e ácido fólico, que são micronutrientes essenciais – principalmente no primeiro trimestre da gravidez, quando o volume sanguíneo da mulher se eleva; consumir mais peixes e frangos e dar preferência às carnes magras; beber pelo menos dois litros de água diariamente; e evitar os refrigerantes e os alimentos industrializados. Os eventuais enjoos, sintomas característicos da fase inicial da gestação, podem ser amenizados com a redução da quantidade de gordura ingerida e pela ingestão de pequenas porções de carboidratos ao longo do dia.
O ganho de peso na gestação será observado e monitorado pelo seu Médico Obstetra, e sua vigília permite o parto e uma recuperação saudável, para a mãe e seu bebê.

*Médico Generalista- Ginecologia e Obstetrícia

**o texto é de inteira responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do site

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