VER ALÉM – Por José Nilson*

No cristianismo se se buscar a veracidade dos fatos contidos na Bíblia seja no uso da ciência seja pela fundamentação, o que for verdade se confirmará. Por isso se prega fortemente a obediência, para evitar investigações, chegando ao absurdo de condicionar a obediência a uma suposta salvação, um ir para um céu ou para um inferno, inventaram e polarizaram para que ninguém duvide. Quando se espiritualiza, distorce, adultera e falsifica o texto, vira conveniência, cada um prega e impõe o que acredita ser a verdade absoluta, para sustentar sua crença, sua fé. Para entender a Bíblia temos esses dois caminhos, a fundamentação e a crença, a verdade é que enquanto nossos achismos determinarem nossas ações, a vida, a justiça e a paz serão sempre um sonho distante.

É preciso perguntar o porquê das coisas. Fazem o que querem, aplicam os textos de forma negativa e positiva, sempre de acordo com uma fé intimista, a partir da pessoa para Deus. Jesus apresentou seu plano de governo, o qual nunca foi implantado, pois foi fortemente combatido e rejeitado. Estando na sinagoga, Ele procurou a passagem do livro do Profeta Isaías, onde está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a boa notícia aos pobres; enviou – me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.

Jesus aplica a passagem a si mesmo, pois esperavam um Messias militar como havia sido anunciado: guerreiro, montado em seu cavalo de guerra, oferecendo cobertura, proteção e que com seu exército derrotaria o império romano e libertaria o povo de Israel, que retomaria suas terras, prestígios e o poder. Porém, Jesus recusa esta condição de líder tirano, autoritário, político revolucionário e faz opção por um messianismo de pastoreio e cuidado, deu uma sensação de fraqueza, quem queria guerra e vingança não agradou nada. Jesus apresenta seu ministério, que deveria ser o ministério de todos os batizados em seu nome.

O que aconteceu, acontece e continuará acontecendo é o uso de um discurso que desconstrói o ministério de Jesus. Todo ensino de Jesus foi adulterado, formularam falas para preencher egos e ratificar idéias a respeito dele, mas o que Jesus anunciou não confirma nenhuma idéia que elaboraram a respeito dele, Ele propõe um novo modo de relacionar. Seu Projeto é de humanização, reconciliação, partilha, fraternidade e comunhão.

Onde o espírito de competição, de conflito e conquista predominam, normalmente a proposta de Jesus é corrompida e falsificada e cada pessoa entende como melhor lhe apraz. – Por uma sociedade sem males –

  • José Nilson se declara, Sacerdote, profeta e rei.
  • * Os texto é de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal
Esta matéria foi visualizada697 vezes

Um comentário em “VER ALÉM – Por José Nilson*

  • 6 de fevereiro de 2022 em 19:18
    Permalink

    Excelente texto.
    No entanto temos que ressaltar que Cristo foi revolucionário para sua época, não uma revolução de trincheira, mas de solidariedade, amor e compaixão.
    Estes ensinamentos são detupardos, principalmente quando da teologia da prosperidade.

    Resposta

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *