ATRASO NA FALA – Por Dra. Táina Almeida*

Apesar de não saber falar, já nos primeiros meses de vida o bebê começa a se comunicar, através de olhares, choro, gritinhos… Chegando no primeiro aninho surgem as primeiras palavras tão esperadas: “mamá”, “papá”, “neném”. E a partir destas primeiras palavras o bebê começa ampliar seu vocabulário descobrindo mais palavras até que aos 2 anos começam falar pequenas frases.
Mas e se isso não acontecer?
Nem todas as crianças seguem esta linha de desenvolvimento, podem demorar mais tempo para falar ou desenvolver através do convívio social na escola, mas é preciso que os pais fiquem atentos, pois quando não se atinge os marcos de desenvolvimento da fala pode indicar algum problema. O atraso pode ocorrer por: Dificuldade de audição; Falta de estímulos adequados; Limitações cognitivas; Autismo; Transtorno no desenvolvimento da linguagem; Excesso de telas.
O excesso de telas (TV, celular, computador, tablet) é hoje um grande vilão na nossa sociedade, porque as telas estão nas nossas mãos e é muito cômodo para as famílias que a criança fique quieta enquanto os adultos fazem suas “obrigações”. Porem a criança paga o preço, pois a estrutura cerebral de crianças muito expostas a telas é diferente. Algumas famílias deixam a TV ligada o dia todo, e falam: “mas ele quase não olha na tv”, mas isso é suficiente para trazer prejuízos ao seu filho.
Nos primeiros anos da criança é de extrema importância de um pediatra para acompanhar o desenvolvimento dela. Caso a pediatra do seu bebê perceba algum atraso, ela poderá recomendar procurar um fonoaudiólogo que atue na área de linguagem infantil para realizar uma avaliação.
Alguns leigos sobre o assunto costumam falar para os pais aguardarem, que com o tempo a criança irá desenvolver, mas esta espera pode significar a perda de um tempo precioso, levando inclusive a prejudicar o desenvolvimento do seu filho. Assim que for detectado um atraso de fala não esperem!!

*Dr. Táina Almeida – é médica pediatra em Conselheiro Pena

* O texto e imagem é de inteira responsabilidade da autora e não representam necessariamente a opinião do jornal

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