CASOS DE DENGUE E CHIKUNGUNYA AVANÇAM EM CIDADES DE MINAS

O avanço do número de casos de dengue e de chikungunya tem exigido cada vez mais recursos dos municípios em Minas Gerais. Com a crescente de 44% nos casos de dengue e de 222% de chikungunya no período entre janeiro a abril deste ano, e diante do cenário que caracteriza endemia, as cidades do interior estão com o orçamento comprometido, uma vez que precisaram destinar mais dinheiro para desenvolver ações de combate a proliferação do mosquito transmissor das doenças, o Aedes Aegypti. Uma realidade que, segundo prefeituras, é consequência da diminuição dos recursos repassados. Procurado, o Governo de Minas não informou sobre os últimos investimentos em ações de vigilância em saúde, estes que deveriam estar disponíveis no portal da transparência.

“O que é disponibilizado para a gente não é o suficiente. Nos últimos anos, o município tem aplicado mais recursos para bancar essas ações. Hoje 40% é dinheiro nosso, o restante é o que chega do Estado ou da União”, afirma Dulce Pimenta, secretária municipal de saúde de Montes Claros. O município na região Norte do Estado é o que tem o maior número de casos de dengue, com 17.969, de chikungunya, com 9.053, e de zika, com 39. A cidade é também a que possui o maior número de mortes por chikungunya, com quatro confirmadas até o último dia 20 de abril. João Pinheiro, no Noroeste de Minas, foi o local com mais mortes por dengue, com seis.

“A situação hoje, na cidade, é diferente dos meses anteriores. Os números, felizmente, estão caindo”, aponta a secretária de saúde de Montes Claros. Para Dulce Pimenta, a redução é resultado das ações de enfrentamento ao mosquito transmissor. Com o objetivo de conter o avanço das doenças, a cidade adotou medidas para eliminar os focos do Aedes Aegypti e também o agente transmissor, já em fase adulta. “O combate mais efetivo é na eliminação das larvas, só que 96% dos focos estão em domicílios. Mas também realizamos algumas ações que não tem efetividade a médio e longo prazo, que é esse controle com o uso de inseticidas, como fumacê”, explica.

Por causa do cenário de surto, com a alta de casos, a cidade contratou cerca de 400 agentes de endemia. Eles foram capacitados junto aos demais profissionais já em atividade para que pudessem visitar casas com possíveis focos para o mosquito. A contratação, segundo a secretária municipal de saúde, foi realizada com recursos da cidade. “Ao todo foram 1300 profissionais, entre agentes e novatos. Todos mobilizados para essas ações. Foram gastos diferentes a contratação de médicos, enfermeiros. Estes são recursos para programas de vigilância em saúde”, explica Dulce Pimenta. Conforme a titular da pasta em Montes Claros, o caixa do município também foi utilizado para a compra de insumos, inseticidas e realização de campanhas educacionais para conscientização na cidade.

Esta matéria foi visualizada263 vezes

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *