CORONAVÍRUS: SAIBA COMO ESTÁ O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO– Por Dra. Fátima Zambon*

Em épocas de pandemia de coronavírus, os profissionais da saúde correm mais risco de serem contaminados. Há outros profissionais da saúde que continuam expostos à COVID-19, porém, sem ligação direta com o combate ao coronavírus, como os dentistas. Afinal, como estão sendo os atendimentos odontológicosdurante essa crise?

Segundo o Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG), os dentistas devem atender somente casos de emergência e urgentes, conforme as classificações do Conselho Federal de odontologia (CFO). Além disso, os profissionais que forem do grupo de risco do coronavírus, ou que morarem com alguém do grupo de risco, não poderão realizar os atendimentos, com exceção para casos extremos.

O atendimento eletivo (quando não é urgente ou emergente), está suspenso em todos os consultórios odontológicos localizados em cidades que tenham casos confirmados da COVID-19, que são vizinhas de outro município com casos confirmados e em que o poder público municipal tenha suspendido as atividades comerciais ou determinado a quarentena.
Além disso, os dentistas terão de usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI)durante os atendimentos, a fim de manter a segurança dos pacientes e dos profissionais. Isso inclui protetor facial, óculos de proteção, avental impermeável, luvas descartáveis, gorros e máscaras N95 (quando for usar aparelhos que produzam aerossóis) ou máscaras (para casossuspeitos ou confirmados de coronavírus.
Perigos do coronavírus para os dentistas

Os dentistas são uma das profissões mais propensas a contrair o coronavírus. Pela proximidade com o paciente (por estar a menos de um metro de distancia) e por usar aparelhos com aerossóis que espalham gotículas de salivas e sangue o tempo todo. Caso o paciente esteja contaminado, ficamos expostos à COVID-19. A saliva é uma forma de transmissão direta do coronavírus.
Além dos aparelhos de spray espalharem as gotículas de saliva e sangue em um raio de até dois metros, consultórios têm cuspideiras onde ficam depositados resíduos de saliva e sangue do paciente. O perigo é que, mesmo bem higienizado, o vírus pode permanecer em superfícies sem vida por até nove dias.

* Cirurgiã Dentista – Especialista em Odontopediatria

** o texto é de inteira responsabilidade da autora e não representa necessariamente a opinião do site

 

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