DECEPÇÃO POLÍTICA – Por Edinei Rodrigues

Nestes 22 anos de longos serviços prestados à administração pública, e 21 anos de serviços prestados ao Legislativo Municipal, ao final de cada mandato eu ainda me deparo com duas sérias decepções.
A primeira diz respeito ao vereador, que ao final do mandato, principalmente quando ele tenta a reeleição, ele percebe a decepção de não ter feito o que prometeu fazer durante a campanha de sua eleição, pois ao tomar posse no cargo, ele descobre que o que prometera não lhe é atribuição.
A segunda diz respeito ao eleitor, que quando o vereador se candidata novamente, ele percebe ao final do mandato, que o vereador não pôde fazer nada do que prometera, sem saber ele, o povo, que o que o vereador prometia não lhe era atribuição.
O vereador em quem votou, não vai fazer estradas, não vai asfaltar ruas, não vai construir escolas, não vai lhe arrumar um emprego, não vai pagar exames ou outras quaisquer doação. Isso por que não é atribuição dele.
E nestas decepções, percebo que uma das principais funções do vereador que é fiscalizar a execução do orçamento municipal que no ano de 2017 será de R$ 38.500.000,00, ele acaba por não cumprir, por insistir em ter de atender o eleitor que espera dele outras funções que não são suas.
Mas quais as reais funções do vereador na Câmara?
É função do vereador elaborar Leis, Resoluções, Decretos Legislativos, pareceres, discutir e votar estes projetos de sua autoria ou do prefeito ou de iniciativa popular, Julgar as contas do prefeito, tendo por início o parecer do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, julgar o Prefeito, o Vice-prefeito e os próprios vereadores, incluindo-se a Mesa Diretora, sugerir medidas de interesse público às autoridades, mediante Indicações, e no caso de compor a Mesa Diretora, administrar a Câmara.
Mas a principal função do vereador, na Câmara, é a fiscalização externa e interna, controlar e acompanhar os gastos da Prefeitura, do SAAE, bem como a execução orçamentária, nos limites legais estabelecidos, em sendo 25% para a Educação, 15% para a saúde, 2% para a Asssistência Social, utilizando para isso, convocação de servidores ou secretários municipais, que são obrigados a irem na Câmara prestar esclarecimentos, formar comissões para acompanhar a execução das obras municipais, olhando de perto o balancete de despesas e os processos licitatórios de contratação de serviços e acima de tudo, a compra de material para diversas áreas da administração. Como se vê, o vereador se si dispor, trabalha 24h por dia.