EM UM RELACIONAMENTO SÉRIO – Por José Nilson*

Com a mentira para negar a verdade, com a hipocrisia e dissimulação para camuflar a verdadeira face, com a inveja para desejar possuir o que é de outrem. Escrevo sempre a partir do princípio que vivo em um país, um estado e um município onde pelo menos 90% de seus habitantes dizem ser cristãos.
Tem o hábito, costume de dizer o nome de Jesus e de Deus, más dizer o nome de Deus, por dizer, não altera nada. Este é o meu público, o meio onde vivo, com toda sua miscigenação, grande mistura de crenças, culturas e costumes. Não adianta reclamar, denunciar de forma abstrata, é preciso apontar nomes, uma vez que quem faz o mal, é real, não é fictício.
O amor, a fraternidade, a justiça e o direito tem que sair da retórica, da campanha e tornar parte da vida. As nossas atitudes comprovam ou desmentem aquilo que dizemos ser, denunciam se o nosso ser cristão está só no falar, no emocional ou se está também no que fazemos.
Em todos os tempos, inclusive hoje, a mentira e a verdade estão recebendo o mesmo peso, o bem e o mal estão no mesmo pacote, recebendo o mesmo valor, tendo o mesmo tratamento, pois queremos agradar a todos e tirar vantagem em tudo. Em todos os tempos, sempre foi necessário ter discernimento, hoje não é diferente, para identificar o que é verdade e o que é mentira, fake.
Tanto no meio religioso, quanto no meio político, a história é negada, os fatos são distorcidos, tudo para sustentar e dar veracidade a delírios e invenções. Dizemos ser cristãos, ao mesmo tempo que não gostamos de nada que controle nossas ações, isso inclui, Leis e Evangelho, uma vez que cometemos todos tipos de equívocos e crimes e queremos imunidade, proteção em relação a todo tipo de julgamentos e penalidades.
O nome de Deus pode ser usado para libertar como para dominar e bloquear a capacidade do raciocínio lógico e crítico. Muitos espertalhões e muitas espertalhonas tem usado desta tática sem nenhum pudor, sem constrangimento, sem nenhum temor, isso tanto no meio político quanto no meio religioso, para se passar como pessoa imaculada, infelizmente tem tido êxito. Por isso, hoje, mais do que nunca, fiquemos atentos, menos no que a pessoa fala, mais no que ela faz. Sobretudo nossas lideranças. Se um agente político ou religioso, seja quem for, fala muito o nome de Deus, suas palavras tem que está acompanhadas de atitudes justas e fraternas, o que é coerente com o nome de Deus. Caso contrário é só para agradar, tudo teatro e hipocrisia.
Falar o nome de Deus, não o faz presente, Deus se materializa unicamente pela prática de sua Lei, de sua vontade, dando ao pequeno, ao oprimido, ao excluído o que lhe pertence por direito, se não for assim, tudo não passa de simulação, engano e charlatanismo, a arte de ludibriar. – Por uma sociedade sem males –

  • José Nilson se declara, Sacerdote, profeta e rei.
  • * Os texto é de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal
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