NOMOFOBIA – Por Pastor Juberto Junior

Nomofobia é um novo vício, uma dependência que precisa ser tratada e vencida. A palavra vem de uma aglutinação de termos do inglês: “NO + MOBILE + PHONE +Fobia”, que significa o pavor de ficar sem o celular, ou seja, a dependência deste dispositivo. Essa dependência traz consequências sérias.

Usamos o celular para fotografar, filmar, enviar mensagens, jogar, assistir a filmes, ouvir músicas, acessar o banco e até para telefonar (telefonar?). Essas múltiplas utilidades têm tornado as pessoas verdadeiramente viciadas e dependentes. Estima-se que 60% dos usuários de celular sofram de algum grau de nomofobia. Uma pesquisa da UFRJ relata que 34% dos entrevistados admitiram ser dependentes de celular. Crianças e adolescentes têm sido fortemente afetados por essa dependência e, quanto mais cedo
e por mais tempo se tem um vício, mais penoso é o tratamento. Observa-se, entre aqueles que sofrem de nomofobia (sobretudo as novas gerações), a falta de habilidade
nos relacionamentos interpessoais, com dificuldades no estabelecimento de vínculos de amizade e/ou afetivos plenos e duradouros.

A neurociência adverte que as telas podem, de fato, viciar. O uso abusivo do celular aumenta significativamente as chances de depressão, ansiedade e impulsividade. Fisicamente, o abuso de telas pode trazer fadiga, patologias oculares, dores musculares, tendinites, cefaleia, distúrbios do sono e sedentarismo. Quem sofre de nomofobia apresenta sintomas muito semelhantes aos da dependência de drogas: fissura (uso do celular para se sentir melhor quando está para baixo), abstinência, dependência, perda de controle, entre outros. Estudos apontam que o Q.I. também é prejudicado pelo excesso de telas.

Algumas dicas para vencer a nomofobia: Não leve o celular para o quarto e desligue-o para dormir; Ao acordar, evite pegá-lo por, no mínimo, 1h; Carro ligado, celular desligado; Desligue-o quando estiver produzindo algo; Evite expor crianças às telas e não deixe que o celular o afaste das pessoas que estão por perto.
A tecnologia se tornou o ídolo deste século. A Bíblia Sagrada nos adverte a fugir dos ídolos (1João 5.21). As pessoas estão preocupadas em estar sempre conectadas e,
com isso, estão se desconectando do Criador. O remédio mais precioso para curar nossos relacionamentos e conexões é a reconexão com o Pai por meio de Cristo Jesus.
Portanto, ore ao Senhor. Admita seu vício, se você o tiver. Quebre os ídolos que estão em seu coração. Clame a Cristo por libertação, pois Ele o ouve. Procure ajuda
especializada caso perceba que está tomado pela nomofobia. O caso é tão sério que já existem clínicas especializadas em tratamento de dependência tecnológica. O melhor
caminho para a cura é a admissão da doença. O único caminho para o perdão é a admissão da culpa e a confissão aos pés de Cristo. O maior caminho para a transformação é a rendição total àquele que é “o caminho, a verdade e a vida”: Jesus. Cristo, na cruz, realizou a obra que nos reconecta ao Pai.

Essa é a conexão de que precisamos.

* Juberto Júnior é Pastor da Igreja Presbiteriana Simonton em Conselheiro Pena

O texto é de inteira responsabilidade do autor.