É TEMPO DE RETROSPECTIVA – Por Pastor Wellington Ricardo – 1.ª Igreja Presbiteriana de Conselheiro Pena

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2016, foi um ano difícil, de crises intensas, agudas, sistêmicas e endêmicas. Basicamente todas as áreas de uma sociedade foram afetadas, questões morais, éticas, psicológicas e até mesmo espirituais, deram sinais visíveis de estarem numa situação caótica, quase na UTI da existência humana. Então, é hora de fazer uma avaliação de tudo que vivemos e enfrentamos no decorrer de todo esse ano. É tempo de retrospectiva. É o momento oportuno para um balanço final, que nos ajude a avaliar nossa conduta e ao mesmo tempo, traçarmos planos para o ano de 2017. Portanto, quero convidar você a continuar lendo esse artigo, como Pastor Presbiteriano; vou usar a experiência de um pastor mais velho (Apóstolo Paulo), ensinando um pastor mais jovem (Pr. Timóteo), a olhar para a vida, com três perspectivas no coração, Passado, Presente e Futuro. Ele nos ajuda nesse propósito de fazermos um balanço, vejamos: Em primeiro lugar, devemos olhar para o passado com um senso de dever cumprido (II Timóteo 4.7). “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. O apóstolo dos gentios lançou um olhar rumo ao passado e declarou que sua vida foi uma luta renhida e não uma caminhada fácil, um enfrentamento com forças hostis e não um festival de amenidades. Deixou claro que nessa peleja não abriu mão de princípios e valores nem desistiu da carreira no meio do caminho. Muitos se cansam da obra e na obra e não concluem a carreira. Outros carregam peso desnecessário e, por isso, não conseguem chegar ao fim da jornada. Há aqueles que são desqualificados por não correrem de acordo com as normas. Ainda há aqueles que tropeçam e caem já no final da carreira e colocam tudo a perder. Paulo, testemunha, ainda, que jamais vendeu sua consciência pelo lucro. Jamais prostituiu o seu ministério para alcançar favores transitórios. Ele guardou a fé e permaneceu fiel até o fim. Como você tem corrido a carreira cristã? Ou Familiar? Ou Profissional? Tem combatido o bom combate? Tem corrido de acordo com as normas? Permaneça firme na boa conduta de vida e de fé. Em segundo lugar, devemos olhar para o presente com um senso da entrega plena de nossa vida a Deus (II Timóteo 4.6). “Já estou sendo oferecido por libação e o tempo da minha partida é chegado”. Paulo estava vivendo os últimos dias de vida, estava com os pés na sepultura e com a cabeça debaixo da espada de Roma. Tinha plena consciência que a hora de sua morte havia chegado. Entretanto, está convicto de que não é Roma que vai lhe matar; é ele quem vai se entregar. E entregar-se não para Roma, mas para Deus. Seu martírio será uma oferta de libação não para César, mas para Deus. Usando um eufemismo, Paulo diz que não vai morrer; vai partir. Essa palavra tem um tríplice significado. Primeiro, significa tirar o fardo das costas de alguém. Morrer para um crente é descansar de suas fadigas (Ap 14.13). Segundo, significa desamarrar um bote e atravessar o rio para a outra margem. Morrer para um crente é atravessar o rio da vida e chegar do outro, no porto seguro da bem-aventurança eterna. Terceiro, significa afrouxar as estacas da barraca, levantar acampamento e ir para a sua casa permanente. Morrer para o crente é mudar de endereço. É ir para a casa do Pai. A morte não tem o poder de apavorar Paulo, pois para ele o viver é Cristo e o morrer é lucro. Morrer para o crente é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Portanto, façamos valer a pena esta vida, pois só temos essa vida para viver. Vivamos com esta santa expectativa de que nossa vida esta nas mãos do Deus todo poderoso. Então vivamos de forma honrada. Amando, respeitando, auxiliando, levantando o cansado e oprimido, sendo benção na vida de nossas famílias, parentes e amigos. Pois o céu é o nosso destino. Em terceiro lugar, devemos olhar para o futuro com um senso profundo da imerecida recompensa de Deus (II Timóteo 4.8). “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos quantos amam a sua vinda”. Paulo mesmo no corredor da morte tem plena serenidade. Está convencido de que caminha não para o patíbulo do martírio, mas para o pódio da coroação. Ele não está com medo de morrer porque sabe em quem tem crido e para onde está indo. Sua morte não é uma derrota, mas um triunfo; não é um fracasso, mas uma premiação; não é uma vergonha, mas uma recompensa. Porque foi justificado pela graça diante do tribunal de Deus, pela justiça de Cristo imputada a ele, agora, salvo não da morte, mas na morte, vai receber a imerecida recompensa, a coroa da justiça! À semelhança de Paulo, faça sua retrospectiva, como você tem vivido? Temos um novo pela frente, faça valer a pena dessa vez. Não corrompamos nossas vidas, não envolvamos com esse mundo maligno e perverso, não compactuemos com as praticas corruptas e desonestas de nossos dias. Saibamos que não caminhamos para o entardecer da vida; caminhamos para a gloriosa manhã da eternidade, onde reinaremos com Cristo pelos séculos sem fim.

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