MUNDANIDADE ESPIRITUAL – Por José Nilson
Livre Nele e por ele. Que não criou religião. Não registrou nenhum CNPJ, não condecorou nenhuma placa, apenas anunciou um Reino, declaro que se vivermos segundo o ensino de Jesus, isto é, acolher o evangelho como pratica de vida, o mundo vai nos odiar. Mundo é tudo o que se fecha e se opõe a Deus. Jesus se materializa na pratica do bem, logo é preciso se desfazer das idéias do mundo. Viver de acordo com o mundo é se corromper, fazer barganhas, promover divisões, furtar, mentir, ser dissimulado… Vivendo assim somos objetos de prestígio e aplausos dos mundanos, dos formalistas, dos iguais. Vivemos de convenções, do que é comum, usual, normal, contrariando o que é extraordinário e incomum. Porém viver de acordo com o mundo é bom, pois rasga o vél da hipocrisia e atesta que o espírito que animou Jesus não está em nós. O nome Jesus é aceito, mas seu ensino, a ruptura, o corte que ele propõe para com que é mundano é abominável e insuportável, nós não queremos e trabalhamos fortemente contra, depois arreganhamos a boca até no canto para dizer que somos cristãos. Se a verdade e a sinceridade estivessem em nós, assumiríamos nossa condição de membros e/ou empregados de uma instituição religiosa devidamente registrada e parávamos de blasfemar dizendo ser uma coisa que não somos. É muita incoerência, justamente nós que temos tanto medo de nos comprometer com a verdade, não por acaso nos momentos oportunos de denunciar, optamos pelo silêncio, com facilidade nos acovardamos, como podemos dizer que somos servos de alguém que denunciou os sistemas político, social e religioso de seu tempo e que por causa disso foi preso, julgado, condenado e morto, sem direito à defesa? A história mostra tantos homens e mulheres que aderiram, absorveram Jesus em espírito e em verdade, que não olharam os riscos e viveram radicalmente seus ensinamentos. Acredito que dizemos ser cristãos por total falta de conhecimento ou indiferença ao espírito de Jesus, aliás, de Jesus nós só conhecemos o nome, que sofre todo tipo de investigação, estudo e pesquisas, a partir daí, pegamos esse nome esvaziado e nos achamos no direito de dizer que somos cristãos. Cristão se tornou rótulo de uma embalagem sem conteúdo, de um corpo sem espírito. É lamentável.
– Por uma sociedade sem males