INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DAS CRIANÇAS – Por Dra. Táina Almeida*

Você já ouviu falar nisso? Assunto pouco falado e muito importante para as nossas crianças desde cedo. Qual adulto sabe definir bem o que está sentindo? E quantos adultos por aí inseguros, ansiosos, com medo, não se sentindo capaz de dar conta da própria vida.
Desde cedo aprendemos que temos que engolir o choro, que cair e machucar não dói, foi só um pulo, obrigamos a criança a fazer tantas coisas porque é conveniente para o adulto e assim a criança olha mais para a necessidade do adulto (os pais) do que dela mesma. Temos que quebrar essa cadeia cultural muito forte sobre o não sentir.
Sem perceber estamos sempre tentando controlar os sentimentos e comportamentos dos nossos filhos, quando na verdade, nas atitudes deles, revisitamos nossas próprias experiências, trazendo à tona desequilíbrio emocional e descontentamento. E o pior de tudo, fazemos isso de forma inconsciente, sem saber de onde vem e porque agimos assim.
Nossa cultura fala que criança não sente, que criança não sabe de nada, criança nem é gente. Mas não podemos esquecer que os problemas que apresentamos na vida adulta são na maioria das vezes decorrentes da infância. Temos que ensinar as crianças que medo, tristeza, vergonha, culpa, alegria, raiva, entusiasmo, empolgação, angustia, felicidade, fazem parte da vida. Não existe sentimento ruim e bom, eles apenas existem. E se já falamos sobre eles para nossas crianças desse cedo e ensinamos que está tudo bem, que podemos encontrar alternativas para lidar com eles, estaremos criando adultos mais seguros e confiantes.
E você sabe o que é “pirraça”? uma explosão de sentimentos que devido a imaturidade cerebral a criança não sabe expressar de maneira correta. Qual o contexto, o porque a criança se comportou daquele jeito. Não foque no comportamento da criança, mas o que levou ela a isso.
Estude mais, aprofunde no tema, precisamos construir adultos saudáveis emocionalmente.

Dr. Táina Almeida – é médica pediatra em Conselheiro Pena

* Os texto é de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal

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