EGOCENTRISMO – Por José Nilson *

Como estamos empregando nossa liberdade? Uma pessoa verdadeiramente livre se auto – controla, não se preocupa em aparecer, é seguro de si, não tem a intenção de provocar, de chocar, não julga, não condena, pelo contrário é pacificador, não carrega pensamentos de maldade, nem deseja o mal a quem quer que seja. Ser livre é ser justo, ser luz, graça que manifesta pelas palavras e atitudes, a pessoa livre não dá abrigo em si para o ódio, para o espírito de tortura e homicida, quem é livre não pratica a intolerância e nem a violência.
Enquanto a ação de uma pessoa libertina se manifesta pelo apego imoderado a prazeres, a todo tipo de exibicionismos e ostentações, perda da vergonha, do não adequado, cinismo, devasso, depravado, tudo que se pode esperar de uma pessoa que se tornou perversa. Ser livre é sempre desafiador, liberdade requer responsabilidade, compromisso, inteligência, capacidade, sobre tudo nesse tempo de avanços tecnológicos e cibernéticos que tanto influenciam na vida de todos nós. Em meio a tantas novidades e mudanças não podíamos ter banalizado e vulgarizado o nome de Deus, ao tornar o nome de Deus algo comum, que se fala sem nenhum critério, tudo o mais se tornou usual e corriqueiro, sem sentido e sem significado, segundo o bel – prazer de cada um.
O que acontece é que vai desencadeando um desequilíbrio emocional muito grande e um nível de irresponsabilidade gigantesco, total negligência em relação às normas morais vigentes em uma sociedade. Acabamos caindo em apatia relacional, total indiferença no significado de nossa existência e em relação à existência do outro. Muitos se sentem inseguros, se sentem necessitados de se exibir, de se mostrar de qualquer jeito, porém não se mostra a se mesmo, apenas um personagem que encobre o que realmente é, e seus reais sentimentos e desejos.
Toda pessoa libertina é um narcisista, um admirador de si mesmo, por ser inseguro, precisa se sentir poderoso, é um promíscuo, confuso, não consegue ser discreto, tudo é feito de forma exagerada, quer chocar, provocar e escandalizar, faz de tudo para mostrar que existe. Por não saber usar sua liberdade de forma saudável, acaba por se tornar um escravo miserável de suas carências pessoais.
Quem não procura adquirir sabedoria, humildade, controle próprio, mansidão, compaixão, não conseguirá viver a lei natural da vida, não terá estrutura para ser livre e superar seus equívocos e suas frustrações, enquanto isso a vida passa. – Por uma sociedade sem males –

 

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