MISSÃO POSSÍVEL – Por Pastor Juberto Jr.*
Existe uma passagem nas Escrituras Sagradas que faz as feministas darem chilique (às vezes até convulsionarem). Estou falando de quando o apóstolo Paulo escreve: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Ef 5.22–23). A razão da rejeição ao texto bíblico é a compreensão errada do significado da passagem. Submissão é um dos conceitos mais mal compreendidos de nosso tempo.
No contexto bíblico, submissão tem um significado diferente daquele expresso no latim, de onde procede a palavra que usamos em português. “Sub” é um prefixo preposicional que designa lugar, posição — significa “sob”, “debaixo”. “Missão” expressa algo a ser realizado: uma tarefa, obra ou projeto. No contexto bíblico, a mulher ser submissa ao marido quer dizer que ela está se colocando sob a mesma missão que ele. O casamento não é o ato de a mulher se deixar escravizar, mas o compromisso de ambos em realizar juntos uma obra para o bem da família e a glória de Deus.
Esse projeto de parceria é a proposta de Deus desde a criação. Quando Deus vê que não era bom que o homem estivesse só, decide criar a mulher. Em Sua resolução, declara que faria para o homem uma “auxiliadora idônea” (Gn 2.18). Auxiliadora: uma ajudadora, cooperadora, que opera juntamente com o homem. Idônea: apropriada, capaz, competente. O projeto sempre foi de parceria, companheirismo, cumplicidade e amor. A passagem “far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” pode ser literalmente traduzida assim: “far-lhe-ei uma auxiliadora como sua face a face” — ou seja, que está diante dele. Sempre foi um projeto de um casal de mãos dadas, construindo juntos uma vida, uma família e cumprindo uma missão.
Deus criou a mulher e colocou sob o homem a responsabilidade de amá-la, cuidar dela e protegê-la. O pecado fez com que o conceito de submissão fosse deturpado por muitos homens e atacado pelo feminismo. Conforme-se ao que a Bíblia propõe. O Deus Criador se preocupa com o bem das mulheres de verdade. O feminismo é uma manobra política que nunca se preocupou verdadeiramente com o bem-estar das mulheres. Trata-se de uma ideologia elaborada por homens comunistas/socialistas para a consolidação do domínio do Estado sobre as famílias. A ideia sempre foi minar as famílias para que o Estado doutrine as novas gerações e domine sobre toda e qualquer força.
Para você ter uma ideia de como o feminismo é louco, posso relatar o caso de Simone de Beauvoir. Ela é uma das maiores teóricas do feminismo. Simone foi amasiada com Jean-Paul Sartre e costumava arrumar garotas para ele se relacionar — era comum que fossem menores. Como um movimento “libertador” das mulheres pode se submeter a uma relação de infidelidade, desrespeito e aliciamento de meninas para satisfazer um homem de caráter questionável? É muita incoerência por parte de um movimento e de uma “pensadora”.
O projeto de Deus para as mulheres é um projeto de respeito, cuidado e proteção. O projeto de Deus é concretizado dentro da família tradicional, bíblica e cristã. É um projeto de parceria entre homem e mulher — um maravilhoso projeto em que seres completos se completam e, livremente, escolhem realizar uma mesma missão: colocam-se sob uma mesma missão. O projeto de Cristo é de edificação e apoio mútuo, nunca um projeto de guerra entre os sexos.
O projeto é o de uma missão possível. O projeto é estarmos sob a mesma missão.
PR. Juberto Oliveira da Rocha Júnior
Pastor da Igreja Presbiteriana Simonton – IPB – Conselheiro Pena.
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