DEPENDE DO CARÁTER – Por José Nilson

José Nilson é Servidor Público Municipal e cristão

Onde se acha o Espírito do Senhor, aí existe liberdade. Onde predumina o domínio e o controle, não há Espírito do Senhor. Encontrar com Jesus mesmo é muito diferente de apenas se apegar, criar o costume de se reunir em algum lugar para falar e ouvir sobre ele. Há uma outra distância muito grande entre se converter a Jesus e se converter a uma organização religiosa, se tornando obediente aos seus preceitos. Quem vive animado pelo espírito que animou Jesus, mesmo que seja uma pequena porção, quando convidado a participar de agrupamentos de qualquer natureza, podendo ir, vai em ação de graças, sendo bem acolhido, sem constrangimento, se reuni com aqueles que lá estão, como irmãos, em comunhão, em espírito de igualdade, em simplicidade, canta, dança, celebra, se alegra, come e bebe conforme o oferecerimento, sem cisma, sem juízo, sem desconfiança, mas em amor. Já fui e sempre que sou convidado e é possivel, compareço nas mais variadas denominações, naturezas e etnias, para mim, grupos de iguais. Estando ali, abraço e sou abraçado, acolho e sou acolhido, com naturalidade, sem falsidade. Estando no meio deles, para onde olho, vejo luz. Por outro lado, quem recebeu, ou se deixa levar por uma doutrina, se torna um prisioneiro, pessoa seca, chata, cheia de julgamentos, sem graça, condicionada à regras, vive de uma obediência cega, se afasta dos pais, dos filhos, dos amigos, se proibe de frequentar outras reuniões, cria resistência, ódio e separação. Na verdade, morrem de medo, pode acontecer que se relacionando com outras pessoas, se encante, ache mais interessante, mais coerente com a liberdade e ensino de Jesus e fica por lá e a partir daí será excluída de seu grupo anterior. Tudo é consequencia de uma conversão superficial, tomada pela emoção e pela aparência, sem sentido e sem significado. Se há pessoas pelas quais devo dar graças, é pela minha avó, pela minha mãe e outras pessoas mais, as quais sei bem quem são, mim ensinaram a andar em fé e confiança, esse andar é em todos os lugares e com todas as pessoas, de terreiros de cultos fetichistas afro brasileiros, que não deixa de ser uma manifestação religiosa, uma busca de contato com a divindade, até eventos católicos, evangélicos, protestantes, pentecostais. Não dou poder a religião de mim afastar de quem quer que seja, há não ser por motivos provocados pela própria pessoa. A proibição é fruto do medo, por achar que a maneira e o jeito de ser do outro é mais atrativo, conquistador e sedutor. É patético. Para dizer: A religião enquanto instrumento de religar as pessoas a Deus, fracassou, acabou por se tornar um meio de controle dos nossos estímulos, ambições e desejos.

 

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